Murilo Benício dirige nova versão de “O Beijo no Asfalto” no Canal Brasil

Leia também

Fernanda Montenegro pediu a Nelson Rodrigues um texto para um espetáculo do Teatro dos Sete, companhia artística da qual a atriz fazia parte em 1960. Perspicaz observador do cotidiano, o dramaturgo inspirou-se na história de Pereira Rego, repórter de um periódico carioca que ao ser atropelado por um ônibus e perceber a iminência da morte pediu um beijo a uma jovem bem-intencionada a socorrê-lo.

Siga-nos:
    Whatsapp    Facebook     Twitter / X    

Mais de meio século depois de encenado pela primeira vez, o roteiro ganha adaptação para o cinema no filme de estreia de Murilo Benício como cineasta. Fernanda cede seu papel original à Débora Falabella – a intérprete atua agora como uma coadjuvante –, acompanhada por Stênio Garcia, Lázaro Ramos, Augusto Madeira e Otavio Müller em “O Beijo no Asfalto” que estreia nesta sexta (26) no Canal Brasil.

- Publicidade -

Arandir (Lázaro Ramos) presencia o atropelamento de um desconhecido em uma conturbada tarde no centro do Rio de Janeiro e tenta ajudar o rapaz. A vítima dá seus últimos suspiros depois de ter sido atingido por um ônibus e, como um desejo final, pede-lhe um beijo. Amado Ribeiro (Otavio Müller), repórter sensacionalista de um periódico local, presencia o afago derradeiro e leva a história ao corrupto delegado Cunha (Augusto Madeira). Juntos, enxergam a oportunidade de garantir uma manchete vendável para o jornal e notoriedade para o policial de baixa reputação. O ato nobre do protagonista, no entanto, ganha contornos trágicos quando as notícias o acusam de pederastia, adultério – seu casamento com Selminha começa a ruir – e até assassinato em um cenário conservador da década de 1960 pouco antes do golpe militar.

O filme divide-se em dois momentos distintos para aplicar a estética teatral ao universo do cinema. À mesa, todos os intérpretes sentam-se para dissecar o texto de Nelson Rodrigues, como um ensaio para levar a peça aos palcos, sob direção de Amir Haddad. Em outro momento, eles encenam as falas como um filme convencional e evidenciam a genialidade do dramaturgo em dissecar traços do cotidiano, como conservadorismo, lascívia, falsidade e fidelidade da classe média brasileira – em especial, a carioca.

- Publicidade -

Filmada inteiramente em preto e branco, a película mostra como o ato nobre de um homem simples, marido dedicado e trabalhador o transformou em um criminoso, homossexual enrustido e despudorado nas mãos de dois podres poderes: a justiça e a mídia.

“O Beijo no Asfalto” que estreia no dia 26 de julho, às 23h05 no Canal Brasil. 

- Publicidade -

Fernanda Montenegro pediu a Nelson Rodrigues um texto para um espetáculo do Teatro dos Sete, companhia artística da qual a atriz fazia parte em 1960. Perspicaz observador do cotidiano, o dramaturgo inspirou-se na história de Pereira Rego, repórter de um periódico carioca que ao ser atropelado por um ônibus e perceber a iminência da morte pediu um beijo a uma jovem bem-intencionada a socorrê-lo.

Siga-nos no     Whatsapp    Facebook     Twitter / X    

Mais de meio século depois de encenado pela primeira vez, o roteiro ganha adaptação para o cinema no filme de estreia de Murilo Benício como cineasta. Fernanda cede seu papel original à Débora Falabella – a intérprete atua agora como uma coadjuvante –, acompanhada por Stênio Garcia, Lázaro Ramos, Augusto Madeira e Otavio Müller em “O Beijo no Asfalto” que estreia nesta sexta (26) no Canal Brasil.

Arandir (Lázaro Ramos) presencia o atropelamento de um desconhecido em uma conturbada tarde no centro do Rio de Janeiro e tenta ajudar o rapaz. A vítima dá seus últimos suspiros depois de ter sido atingido por um ônibus e, como um desejo final, pede-lhe um beijo. Amado Ribeiro (Otavio Müller), repórter sensacionalista de um periódico local, presencia o afago derradeiro e leva a história ao corrupto delegado Cunha (Augusto Madeira). Juntos, enxergam a oportunidade de garantir uma manchete vendável para o jornal e notoriedade para o policial de baixa reputação. O ato nobre do protagonista, no entanto, ganha contornos trágicos quando as notícias o acusam de pederastia, adultério – seu casamento com Selminha começa a ruir – e até assassinato em um cenário conservador da década de 1960 pouco antes do golpe militar.

O filme divide-se em dois momentos distintos para aplicar a estética teatral ao universo do cinema. À mesa, todos os intérpretes sentam-se para dissecar o texto de Nelson Rodrigues, como um ensaio para levar a peça aos palcos, sob direção de Amir Haddad. Em outro momento, eles encenam as falas como um filme convencional e evidenciam a genialidade do dramaturgo em dissecar traços do cotidiano, como conservadorismo, lascívia, falsidade e fidelidade da classe média brasileira – em especial, a carioca.

- Advertisement -

Filmada inteiramente em preto e branco, a película mostra como o ato nobre de um homem simples, marido dedicado e trabalhador o transformou em um criminoso, homossexual enrustido e despudorado nas mãos de dois podres poderes: a justiça e a mídia.

“O Beijo no Asfalto” que estreia no dia 26 de julho, às 23h05 no Canal Brasil. 

Curte o nosso conteúdo? Siga-nos também no:
Telegram    Mastodon     Linkedin
- Publicidade -
- Publicidade -

Comentários

- Publicidade -

Últimas notícias